O coração teima em bater por quem o bate, teima em ser
presente por quem é ausente, teima em estar por quem não quer ficar,
teima em dar a mão a quem só dá uma unha. Mas, de teimosia em
teimosia, a gente cai na real e aos poucos vai se distanciando para
evitar angústias maiores. No desfecho de tudo, quem perde é quem
desperdiça ou deprecia esse mais belo sentimento, o amor, os modestos
gestos afáveis. São os detalhes pouco notados. É aquele simples
deixar o outro alguém com o maior espaço da cama só para ver bem
confortável. É ir da zona norte a zona sul. É ir devagar na volta
para casa só para permanecer mais tempo junto.É dar a mão quando tudo
é confusão. É reunir todas as moedas da gaveta só pra fazer aquele
lanchão a dois. É incluir em oração. É perguntar se está bem, não
apenas por educação e sim por preocupação. São essas
minuciosidades não correspondidas ou não notadas que fazem doer e, por
mais que a gente ame muito alguém, a gente se ama bem mais (ou
deveria). E é por esse mesmo motivo que alguns sentimentos precisam ser
postos na dispensa do nosso coração, eles devem ser reposicionados
dentro da gente em legítima defesa. Um dia talvez quem nunca enxergou
nosso suor vai notar que perdeu ou está perdendo um alma que lutou pelo
seu bem e poderá ser tarde demais.
Autor do Texto: Geffo Pinheiro
@relicariodeexp
Imagens Pixabay
O coração teima em bater por quem o bate, teima em ser presente por quem é ausente, teima em estar por quem não quer ficar, teima em dar a mão a quem só dá uma unha.
Publicado por
Simplesmente Sereníssima
em
5 de março de 2021
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