Se essa porta não abrir, talvez não seja a SUA.

Você tenta abrir uma, duas, três vezes, dá uma forçadinha, afinal portas emperram de vez em quando, mas ela não abre de jeito nenhum. Essa é uma analogia interessante e frequentemente usada diante de situações que nos colocamos, insistimos e teimamos para que desenrole, deslanche, aconteça, realize do jeitinho que desejamos, queremos e imaginamos. Pode ser um amor, um emprego, um negócio, um desejo... O fato é que nos empenhamos sobremaneira para dar certo, movemos mundos e fundos para que a coisa engrene e inexplicavelmente algo embarga, espana, breca, empaca, nubla, parece que não sei, não flui, é custoso, difícil, os investimentos não correspondem, não tem resposta e por mais que doa o coração, frustre expectativas, não se preocupe, tudo isso serve para te mostrar que essa porta definitivamente não é sua.
Comprometimento e obstinação são características virtuosas, mas bom senso e ponderação também não ficam para trás. Em muitos momentos da vida, pararmos para analisar aquilo que temos, o que estamos fazendo, o que acontece, os saldos de empenho, reciprocidade e energia, são fundamentais para cuidarmos de nós e nos pouparmos.
Às vezes tudo o que precisamos é vencer fixações obssessivas de metas impostas em nossa mente, para libertarmos nossos corações de buscas vazias, viciadas e solitárias. Nos permitindo considerar e olhar para novas portas e janelas que abram naturalmente, com facilidade, gosto, vontade, sem desgaste ou qualquer sacrifício. 
~ Pamela Magalhães

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