“O copo vazio, o corpo cheio, o coração
indeciso, a coragem, o devaneio. A descoberta parada, a saudade calada, a
esperança cansada e a vontade de ser amado. O medo de perder, a
angustia de esquecer, a incoerência de não ver, a desventura de não ter.
Os beijos roubados, os abraços dados, corações apertados, delírios
evaporados. Os gritos roucos, os desejos loucos, a verdade de poucos e a
mentira de outros. O copo encheu-se, o corpo perdeu-se, o medo
esqueceu-se e a mentira abandonou-se. Caindo, caindo, caindo…
Deixando-me pouco a pouco, matando-me muito a muito. Esquece-me, porque
de mim já não lembro mais.”
Cinzentos
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